Você já deve ter ouvido falar de Product Market Fit, o conceito chave para o sucesso de uma startup.
Tudo bem, vamos começar refrescando sua memória.
A teoria geral das startups diz que elas devem resolver um problema de forma replicável, ou seja, uma solução que atenda a diversas entidades que tenham o mesmo objetivo.
O primeiro passo de uma startup é identificar esse problema a resolver.
A partir da definição do problema ela poderá explorar caminhos de solução.
Esse olhar para o problema é uma das etapas mais geradoras de inovações, pois não se trata de melhorar soluções existentes, como faz a maior parte das empresas, mas pensar em algo a partir do problema e ir construindo novos caminhos de solução.
O meio de solução costuma explorar caminhos tecnológicos, tentativas de aplicar algum recurso novo, fruto de uma evolução recente.
Daí o fato de tantas estarem relacionadas à ciência e tecnologia.
As startups testam soluções inéditas, viabilizadas pelo momento que vivemos.
Se encontrar uma solução para o problema, a startup terá um produto.
Uma forma de deixar o desafio mais leve é o conceito de menor produto viável, em inglês Minimum Viable Product (MVP), ou seja, a forma mais simplificada de resolver o tal problema.
O que muitos chamam de gambiarra.
Com a diferença de que as gambiarras não podem ser aprimoradas por recursos tecnológicos conhecidos, nem chegar a um modelo de negócios lucrativo.
Se a startup tiver um MVP e ele for oferecido de alguma forma lucrativa, ela terá chegado ao estágio de Product Market Fit, que é quando uma solução atende ao problema de forma escalável, ou seja, facilmente replicável e rentável.
A partir daí a startup entra em sua fase escalar, etapa em que são feitos esforços para levá-la aos seus públicos-alvo
A empresa sabe que encontrou uma forma lucrativa de resolver o problema de muitos e parte para a captura desta oportunidade.
Nessa fase cresce o investimento em times de marketing e vendas.
Em paralelo, o produto segue sendo desenvolvido a fim de superar a menor viabilidade do início.
Mais adiante, a startup terá amadurecido e chegado ao estágio de empresa, que é quando os esforços são dedicados a proteger mercados existentes mais do que a conquistar novos.
Em resumo, Product Market Fit é um desafio duplo carpado, uma vez que exige uma solução escalável para um problema em conjunto com a viabilidade econômica ao oferecê-la.
Mas esse não é o único Fit
Existem outros e é para falar deles que estamos aqui.
Store Market Fit
Você tem uma loja que vai bem num determinado local e o sucesso te inspira a abrir outra.
Mas onde?
Diante dessa dúvida, você logo pensa nas restrições, um lugar ideal que seja próximo, para que assim você possa gerenciar as duas lojas, mas que tenha potencial de vendas equivalente ao que você tem na loja atual.
Você está em busca do Store Fit, ou seja, um lugar onde sua nova loja possa se encaixar.
Esse lugar não pode ser tão próximo que subtraia vendas da loja atual, nem tão longe que seja inviável de supervisionar.
Market Fit
Nesse espaço nem tão perto, nem tão longe, você ainda precisa validar se existe potencial de vendas, que reúna pessoas em quantidade e perfil parecido com as que compram na loja atual.
Se você encontrar um lugar que atenda a essas duas condições, você terá encontrado o Store Market Fit.
A propósito, esse é um desafio e tanto, por isso, várias redes trabalham com mais de um formato de loja, modelos flexíveis que permitam um encaixe mais fácil da loja num mercado com potencial.
Pense nisso e seja flexível em sua expansão.
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Fique ligado no próximo artigo: Guia rápido para Store Market Fit